segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

LOMBALGIAS NO CICLISMO

Para concluir o ano de 2011 vamos falar um pouco de uma das maiores queixas de quem anda de bike: a dor lombar.
Antes de começar, gostaria de agradecer a todos os clientes, amigos e família que me apoiaram na criação desse blog. Obrigado também pela confiança em meu trabalho. Saibam que estou sempre atrás de novidades e de melhorias para o Studio. Isso tudo para você ciclista.

Em 2012 tem novidades no O2 BIKE FIT STUDIO, aguardem!!!!



Você já saiu feliz da vida em um sábado a tarde com o seu grupo de pedal e chegou ao final do passeio carregando um caminhão nas costas? É... quem já não sofreu ou sofre com esse problema? Muitas vezez pode custar até em deixar a bike de lado e tentar um outro esporte, ou até mesmo parar de vez.

Não não não... Que pecado. Não desista assim tão fácil de sua bike nem de sua saúde. Leia esse artigo e entenda um pouco do que está acontecendo com você e com a sua lombar.


A dor lombar é um sintoma muito comum na população em geral, cerca de 60 a 90% da população já tiveram pelo menos um episódio de dor lombar no decorrer de sua vida.

Entre os fatores que podem levar ao acomentimento da lombalgia estão o desequilíbrio de forças entre os grupos musculares flexores e extensores do tronco, tronco flexionado por muito tempo, má posicionamento na bicicleta,diminuição da flexibilidade dos grupos musculares do tronco e membros inferiores, fadiga muscular, intervalo insuficiente entre um treino e outro, diminuição da estabilidade central (CORE), atrofia e perda da co-contração dos músculos multífidos e transverso do abdomen.

Muitos estudos foram realizados relacionando a dor lombar e a prática do ciclismo. Usabiaga et al relata que as dores lombares tem sido atribuídas as contrações secundárias ao esforço nos treinos e em competições de longas distâncias tanto para atletas profissionais como amadores e que essas dores raramente são acompanhadas por sintomas de compressão nervosa. A inversão do ângulo da lordose fisiológica pressiona o complexo ligamentar posterior da vértebra, podendo causar lombalgias.

Brier em um estudo com ciclistas relata que parece haver evidências clínicas entre dores lombares e a inflexibilidade da região lombo-pélvica. Nesse mesmo estudo foi observado que todos os participantes que apresentavam contratura do músculo Iliopsoas possuiam sinais de degeneração no disco vertebral.

O tratamento da lombalgia se não feito procurando a causa da dor, com certeza vai ser aquele tipo de lesão que melhora, aí passa um tempo e a dor volta tudo de novo e assim vai. Uma avaliação física específica é importantíssimo para sabermos de onde está vindo essa dor e aí sim tratarmos do problema. Podemos usar do repouso, exercícios de alongamento e fortalecimento para balancear os músculos anteriores e posteriores da região pélvica e do tronco, correções biomecânicas e melhora na posição do ciclista na sua bike.

Não deixe de procurar um profissional especializado para o seu problema. Quanto antes resolvido melhor pra você!

Não deixe de fazer o seu Bike Fit. Ele é muito importante para que você continue a amar o ciclismo!!!!

Espero ter ajudado quem estava com dúvidas a respeito da lesão acima. Fiquem a vontade para perguntar mais ou para indicar um novo tema pelo e-mail o2studiosaude@gmail.com


Um 2012 cheio de alegrias e realizações a todos vocês!!!!!!


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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

BIKE FIT = CIÊNCIA!!

           Numa conversa com Claudia Franco (Ciclofemini) sobre um novo artigo surgiu o assunto sobre Bike Fits realizados de qualquer forma, sem uma formação do Fitter e sem a estrutura necessária para se realizar uma boa avaliação e o quanto isso trás de problemas para o ciclista.
     Para explicar melhor esse assunto vamos pensar da seguinte forma: A evolução tecnológica é evidente em todo o mundo.
   Muitos historiadores consideram os desenhos de Leonardo Da Vinci, um sistema de transmissão de correntes, um dos primórdios da bicicleta. Já em meados de 1816 surgiu o primeiro guidão. Em 1855 o francês Ernest Michaux inventou o pedal e só em 1875 nasceu a primeira fábrica de bicicletas. Já hoje em dia temos bicicletas feitas de carbono, com ótimos sistemas de transmissão e muito mais.
     E a medicina? Também evoluiu claro. Alguém aí conhece um tal de Lance Armstrong? O que dizer de tudo o que ele passou? Como seria travar uma batalha contra o câncer há 30 anos e como é o tratamento hoje? Esse cara voltou ao esporte de elite e foi campeão várias e várias vezes.
     Ficaria horas aqui falando de como as coisas melhoraram, mas acho que já deu pra entender um pouco onde quero chegar: um Bike Fit bem feito!!!

     Antes de começar a trabalhar como Fitter e montar o O2 Bike Fit Studio pesquisei muito sobre o assunto. Inicialmente na internet onde é muito fácil encontrar de tudo. Coisas boas e coisas não tão boas assim!!! Também fui até algumas lojas de bicicleta que ofereciam o serviço. Ao visitar certas lojas e sites com dicas para realizar o próprio bike fit, muito se falava de fórmulas prontas e análises estáticas do ciclista. Como um questionador, busquei saber o que eram essas fórmulas e de onde eram tirados todos aqueles números e percebi que não existia uma resposta concreta a respeito.  Até porque cada ciclista tem o seu biotipo, a sua técnica de pedalar a sua flexibilidade. Percebi também que pouco se falava em ciência, artigos científicos a respeito de posicionamento correto.
     Sou fisioterapeuta especialista em Fisioterapia Esportiva e Fitter certificado, e como tal sempre gostei de biomecânica. O Fitter precisa não só saber, gostar ou andar de bicicleta a muito tempo, o fitter precisa saber, e muito, sobre o funcionamento do corpo humano e também da bicicleta, Precisa estudar muita biomecânica, fisiologia e ao mesmo tempo não pode deixar de ter uma sensibilidade aguçada sobre o bom posicionamento, tudo isso, claro, baseado em evidências científicas e não em achismos! 
     No Brasil o curso de certificação é dado pelo Marcelo Rocha o maior especialista em Bike Fit da América Latina. É um curso voltado para profissionais da saúde, com muita base teórica e também não deixando de lado a boa e velha prática.
     Em um bom Bike Fit não basta só olhar para a bicicleta. Temos que olhar também para o ciclista pois esse, quando sobre a bike, se tornam um só, e muitas vezes, olhando só para a bike, esquecemos de que o corpo também nos mostra muita coisa, como diferença no tamanho de membros, vícios de postura, entre outros, que muitas vezes não se consegue melhorar só arrumando a bicicleta. É preciso observar que esse atleta muitas vezes já está com deficiencias instaladas e precisa de profissionais capacitados para melhorar essa deficiência. As vezes uma fraqueza muscular, muito bem trabalhada por um Educador Físico, as vezes uma dor lombar, má postura ou diferença de membros, muito bem trabalhados por um Fisioterapeuta.
      Semana passada mesmo, em um programa que passa em rede nacional, o assunto foi bicicleta e como se posicionar na bike. Qual não foi minha surpresa quando as dicas dadas no programa eram essas tais fórmulas, tamanho de antebraço, banco no nível da crista ilíaca!!! Muita coisa ultrapassada foi passada a todos.
     Um Bike Fit bem feito é muito mais do que uma fórmula, muito mais do que uma foto ou uma medida de ângulo do joelho com o ciclista estático em cima de sua bike ou  deixar o banco na altura da crista ilíaca + 3 dedos (assim mesmo que foi passado no programa, pode????). É ciência. É preciso avaliar minuciosamente o ciclista, tanto fora como em sua bike, em movimento, é claro!
     Por isso. Tome muito cuidado quando for fazer o seu Bike Fit. Procure um profissional habilitado. Não deixe que qualquer um cuide da sua bike e de você. Você não vai querer perder seus dias de treino, a prova que você se preparou por um longo período ou até mesmo aquele passeio de final de semana com os amigos pelas trilhas maravilhosas desse nosso Brasil por estar com uma dor no joelho ou na lombar, um formigamento nas mãos ou uma queimação entre as escápulas, vai?



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terça-feira, 8 de novembro de 2011

O2 Bike Fit em parceria com Ciclofemini

A partir de agora o O2 Bike Fit Studio é parceiro da Ciclofemini!!!

Mensalmente um dos artigos do blog será também exibido no site http://www.ciclofemini.com.br/.

CicloFemini tem como objetivo auxiliar as pessoas a ingressarem no mundo da bicicleta. Realizam cursos para quem não sabe pedalar, para quem quer aprender a pedalar com segurança nas cidades e para quem quer aprender mountain biking.


SÍNDROME DO ESTRESSE MEDIAL TIBIAL E SESAMOIDITES

     Olá a todos. Primeiramente gostaria de agradecer pelos elogios, dicas e sugestões que os leitores do blog têm me mandado. No decorrer dos post vou falar sobre os temas por vocês sugeridos.
     Os assuntos de hoje são pouco comentados no ciclismo mas que considero muito importantes. Falaremos sobre duas patologias não tão comuns, mas muito incapacitantes para o ciclismo quando não diagnosticadas a tempo. Síndrome do Estresse Medial Tibial e Sesamoidites. Dois problemas causados muitas vezes pelo posicionamento incorreto da sapatilha sobre o pedal e técnicas incorretas de pedalada. Hoje vamos nos atentar apenas na lesão. Um outro post será necessário para discutirmos sobre o correto posicionamento do taquinho e técnicas de pedalada.

Síndrome do Estresse Medial Tibial (SEMT)
     É uma lesão que deve ser limitada por uma inflamação musculotendínea, não entrando nessa classificação a fratura por estresse e síndromes compartimentais. A pronação excessiva dos pés e calçados inadequados podem levar ao desencadeamento do quadro (TEMAS DE REUMATOLOGIA CLÍNICA - VOL. 9 - Nº 3 - JUNHO DE 2008).
     A pronação é um movimento normal da mecânica corporal. Quando depositamos peso sobre o pé, o mesmo prona para absorver a carga. Já a hiperpronação se dá quando essa pronação é anormal, muito elevada, ocorrendo um aumento na demanda dos músculos anteriores da perna.
     O sintoma geralmente se da por dor na região medial do terço inferior da perna sendo que essa dor pode aumentar gradualmente durante a atividade ou até mesmo diminuir com a atividade e após sua pausa a dor reaparece.

     Não há um estudo científico sobre esse problema relacionado ao ciclismo porém o que se imagina é que uma técnica de pedalada incorreta (calcanhar abaixo do pedal quando o mesmo se encontra em seu ponto mais inferior da pedalada) pode levar ao aparecimento dessa lesão. Desbalanço de forças entre os músculos anteriores e posteriores também pode ocasionar essa lesão assim como o posicionamento incorreto do taquinho junto a sapatilha e pedal.
     O tratamento é bem simples e realizado com a utilização de gelo,antiinflamatórios, alongamentos e fortalecimento porém uma boa técnica de pedalada e um ótimo posicionamento sobre sua bike ajudam no tratamento da doença.
     A prevenção também é muito importante. Realize sempre exercícios de fortalecimento e alongamento, cuidado com sua planilha de treinos, ela pode estar sobrecarregando seus músculos e articulações e claro, não deixa de fazer o sue Bike fit!!!

Sesamoidites
     Os sesamóides são dois pequenos ossos encontrados logo abaixo da cabeça do primeiro metatarso e atuam como braço de alavanca para os flexores do halux e ajudam a suportar o peso do corpo. A dor é localizada sob o primeiro osso do pé, podendo aumentar gradualmente, podendo ocorrer fratura do mesmo. Vermelhidão e inchaço no local também podem ocorrer. O paciente terá dificuldades no apoio do pé e também para extender e flexionar o hálux.
     Um calçado adequando e até mesmo órteses são muito bem vindos para a prevenção da lesão.
     Para o tratamento é indicado analgésico e antiinflamatórios (receitado pelos médicos), uso de gelo, uso de calçado com sola macia, alongamentos e órteses para diminuir a pressão na região.






Espero ter ajudado quem estava com dúvidas a respeito da lesão acima. Fiquem a vontade para perguntar mais ou para indicar um novo tema pelo e-mail o2studiosaude@gmail.com

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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A RESPIRAÇÃO E O CICLISMO - Qual a ligação entre eles?

     Hoje falaremos sobre a respiração e a sua influência no ciclismo. Será que preciso treinar a respiração ou os músculos que o fazem? Esses músculos são tão importantes assim?
      Em meu Studio não vejo os atletas preocupados com essas perguntas. A grande maioria vem ao Studio pois querem ser mais ageis e eficientes ou não sentir dores. Muitos compram as suas bicicletas com valores altíssimos e querem apenas assim melhorar o seu tempo nas provas ou chegar em primeiro. Mas será que só uma ótima bike é suficiente? Eu acredito que não e é sobre isso que falaremos agora.

     Quando inspiramos, os principais músculos que estão trabalhando são os músculos intercostais externos e o diafragma e na expiração temos os músculos intercostais internos e os abdominais. No entanto, em torno de 20 músculos são usados na respiração. Aí vocês me perguntam: mas e aí, qual a importância disso quando falamos do ciclismo sendo que eu estou sempre respirando enquanto pedalo? E eu te pergunto: Será que você respira de uma maneira correta ou está bem posicionado e treinado para tal?
     Estudos mostram que problemas no padrão respiratório podem ter efeitos negativos no desempenho do ciclista por várias razões sendo elas: Taquipnéia - aumento da frequencia respiratória (Carvajal, at al, 1999), aumento da hiperinsuflação dinâmica (Johnson, at al, 1992; McConnell, 2005) e um conseqüente aumento no trabalho respiratório (Harms et al., 1998). Com o aumento no trabalho respiratório pode ocorrer o que chamamos de "blood stealing", quando o sangue migra dos músculos periféricos para os músculos respiratórios para atender o aumento da demanda (Sheel et al., 2001), gerando assim diminuição na produção de energia nos músculos periféricos, nas pernas por exemplo (Romer & Dempsey, 2006). Também pode ocorrer fadiga muscular respiratória (Johnson, Aaron, Babcock & Dempsey, 1996) e dispnéia aumentada  - falta de ar (Grazzini, Stendardi, Gigliotti, e Scano, 2005), causando a diminuição do desempenho do atleta.
     Além disso tudo aí em cima, você sabia que dentre os músculos da respiração a grande maioria deles tem relação com a postura (Hodges PW 2007, Hodges Pw, 1997)????

     E aí? Será que agora isso tudo aí em cima faz um pouco de sentido? Será que qualquer bike fit de internet ou com medições e fórmulas mirabolantes já está bom? Mais uma vez tenho que discordar!!!!

     Pensando numa pessoa normal, com uma boa postura, vemos que sua capacidade respiratória vai depender do quanto ela consegue fazer o ar entrar em seus pulmões. Quanto mais ar em seus pulmões, mas oxigênio consegue ser transportados pela corrente sanguinea.
     Agora, pensando em um ciclista. Se esse, não tem uma boa postura ou se ele não está posicionado corretamente sobre sua bike, muito provavelmente essa capacidade que os pulmões têm de se expandir vai ser diminuida. Além disso, quando a troca gasosa não é bem efetuada, a fadiga muscular ocorre com maior antecedência e, em alguns estudos com ciclistas observa-se que a fadiga muscular está intimamente relacionada a perda da técnica da pedalada, aumentando as chances de o indivíduo sofrer lesões. Segundo Villard at al., padrões de coordenação mais estável pode melhorar a eficiência da respiração e adiar a fadiga em exercícios de longa duração.

     um outro fator importante: Vejo em várias revistas especializadas no ciclismo e em livros também que muito se fala sobre alongamentos para prevenção de lesão, porém, pouco vejo sobre os músculos envolvidos na respiração serem trabalhados, tanto fortalecimento como alongamento.
     E se o ciclista não está bem posicionado em sua bike. Será que não tem diferença em sua capacidade respiratória comparando a um ciclista bem posicionado? Tem diferença, claro que tem.
     Um ciclista com o posicionamento inadequado com certeza vai sobrecarragar alguns músculos que são necessários para uma boa respiração e isso influenciará na sua prova ou no seu passeio.
     Uma tensão na região cervical por exemplo vai fazer com que músculos como o trapázio, escaleno e intercostais não trabalhem corretamente.

      Por isso, além de um bom Bike Fit (que você encontra aqui no O2 Bike Fit), é importantíssimo que trabalhe os musculos respiratórios, alongando e fortalecendo. Os exercícios de pilates que trabalham o CORE são uma boa opção. 
    
     Além disso, um treinamento respiratório específico beneficiará o ciclista de duas maneiras: corrigindo qualquer mecânica respiratória anormal e distúrbios do padrão respiratório, atenuando assim as consequencias da má mecânica respiratória. Esse treinamento respiratório é demonstrado no estudo de Vickery, 2007 mostrando que em 4 semanas de treinamento obteve-se um aumentou na resistência, performance e potência de pico de tais atletas.

     Nosso corpo está todo conectado. Não pense apenas no seu joelho,na sua mão, no seu pé ou na sua lombar. Você é importante na totalidade.


     Espero ter ajudado quem estava com dúvidas a respeito do artigo acima. Fiquem a vontade para perguntar mais ou para indicar um novo tema pelo e-mail o2studiosaude@gmail.com Deixe também o seu comentário. Ele nos ajuda a deixar o blog mais interessante para vocês.


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domingo, 2 de outubro de 2011

DORES NO JOELHO E O CICLISMO

     "Se meus joelhos não doessem mais... diante de um bom motivo que me traga fé... que me traga fé"


     Não sei por que mas sempre que penso em joelho me lembro dessa música. É isso mesmo amigos ciclistas. Hoje vou falar um pouco das principais lesões que acometem a articulação do joelho no ciclismo. Quem nunca sentiu dor no joelho que dê a primeira pedalada, falava um amigo meu!!!!
     Bom, vamos ao que interessa.

     Como todos já sabem, o movimento dos membros inferiores é muito repetitivo no ciclismo. Alguns ciclistas chegam a realizar cinco mil rotações em algumas provas. Sendo assim, o menor sinal de desalinhamento, seja ele anatômico ou do equipamento, pode levar a disfunções, dor e comprometimento da performance.

Abaixo vocês vão encontrar as principais lesões que encontro aqui no Studio durante as avaliações do Bike Fit.

Síndrome Patelofemoral
     Dor localizada na região anterior do joelho geralmente mais internamente. A dor piora ao descer e subir degraus ou quando o paciente fica muito tempo sentado. Nos ciclistas a dor normalmente ocorre após o pedal.
     As causas dessa síndrome ocorrem pelo desequilíbrio entre as cadeias musculares do membro inferior, tanto no quesito força como flexibilidade, levando a patela a não "correr" adequadamente em seu trilho, causando uma hiperpressão na face anterior do joelho.
     No ciclista essa lesão pode ocorrer pelo posicionamento do selim muito elevado e a frente e também pela rotação interna ou externa da sapatilha.

Dor nos Isquiotibiais (Posterior da coxa) e Panturrilha
     A dor é localizada na região posterior do joelho. Se a dor ocorrer durante a flexão plantar resistida podemos pensar em uma lesão relacionada a panturrilha e se a dor ocorrer durante a flexão do joelho pode estar relacionada com uma lesão no posterior da coxa (isquiotibial).
     As causas para esse problema vem de selins muito alto e posicionados posteriormente, assim como rotação interna da sapatilha. Posteriores de coxa com força diminuida e quadriceps com pouca flexibilidade também podem levar a dor.

Condromalacia
     Caracterizada por dor e creptação na região anterior do joelho. Essa condição pode ser ocasionada por ruptura da cartilagem sinovial ou por uma inflamação crônica dessa estrutura. Forças de cisalhamento excessiva sobre os côndilos femorais e patela desalinhada contribuem para a degradação da cartilagem articular.
     É importante lembrar que um mal alinhamento patelar pode vir de problemas nos pés como "pés chatos", hiperpronação do pé, valgismo no retropé.
     No ciclismo essa dor é acarretada em subidas ou quando o ciclista usa marchas altas associado a cadência lenta.

Tendinite do Quadríceps
     Caracterizada por dor medial ou lateralmente na região supra-patelar (inserção do tendão do quadríceps na patela). Nos ciclistas é mais comum encontrar-mos dor na região lateralmente.
     Pode ser causada por um trauma agudo ou por movimentos repetitivos associado ao posicionamento inadequado na bicicleta.
Espero ter ajudado quem estava com dúvidas a respeito das lesões acima. Fiquem a vontade para perguntar mais ou para indicar um novo tema pelo e-mail o2studiosaude@gmail.com 

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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A IMPORTÂNCIA DO CORE NO CICLISMO

     Por um acaso você já teve a oportunidade de assistir a uma corrida como o Tour de France ou a qualquer prova de MTB? Já percebeu o tempo que os competidores ficam em suas posições sobre a bike com o corpo quase todo curvado a frente, com uma grande flexão de quadril e lombar?
     Eu, como fisioterapeuta, quando me deparo com uma situação dessas já enxergo as vértebras fazendo uma pressão enorme nos discos intervertebrais, os músculos da lombar sofrendo, etc. Parece um filme de terror!!!
     Mas oque fazer para melhorar essa situação e ao mesmo tempo proteger nosso corpo e melhorar a eficiência do ciclista em sua bike?

     Você já ouviu falar do Core???
     
     O Core nada mais é doque um conjunto de aproximadamente 30 músculos que se conectam entre as pernas, quadril, coluna e caixa torácica, trabalhando em conjunto para estabilizar o tronco, sendo principais os seguintes músculos: abdominais, paravertebrais, glúteos, diafrágma, assoalho pélvico e toda musculatura do quadril
     Dentre todos esses músculos, nenhum deles corresponde com mais de 30% da estabilização da coluna lombar (Willardson JM, at al, 2007; Cholewicki J, at al, 2002).
     Com o treinamento dos músculos do Core nos três planos de  movimento sabe-se que há a diminuição do risco de lesões, aumento da potência produzida na pedalada e melhora da técnica da pedala. E ao mesmo tempo, a falta de controle desses músculos faz com que a potência produzida pelos membros inferiores diminua, reduzindo então o desempenho do atleta (Taylor L., 2005).
     Quando falamos de prevenção de lesões, de acordo com um estudo de Alencar, T.A.M, 2009, é citado que estudos mostram que a diminuição da estabilidade central pode levar a lesões na coluna lombar e membros inferiores.

     Depois de sabermos da extrema importância de ter o Core trabalhando corretamente, como fazemos para fortalece-lo?
    
     Quando converso com os ciclistas aqui no Studio, muitos vêm com o pensamento errôneo de apenas treinarem as pernas, para que produzam mais força no pedal quando o principal é darmos ênfase aos músculos do Core. Começe com o fortalecimento dos abdominais tranversos, glúteos e posteriores de coxa e não deixe de trabalhar a sua flexibilidade. Depois um bom trabalho de resistencia muscular e trabalho dos estabilizadores da coluna e por fim, trabalhar com exercícios de estabilização estática e dinâmica ajudam você a prevenir lesões e melhorar a sua performance. (Fredericson M, at al, 2005; Reinehr FB,at al, 2008).
     Converse sempre com o seu professor de Educação Física e seu treinador, eles vão saber te orientar corretamente.

Espero ter ajudado quem estava com dúvidas a respeito desse assunto. Fiquem a vontade para perguntar e sugerir um novo tema pelo e-mail o2studiosaude@gmail.com



 
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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

NEUROPATIAS NO CICLISMO

     Lesões traumáticas são relativamente raras no ciclismo sendo que as lesões nervosas são as mais comuns. Em três pontos de contato do ciclista na bicicleta é que encontramos as principais lesões: Guidão( Nervo Ulnar e Medial), Selim (Nervo Pudendo) e pé (Parestesia nos pés).
     Abaixo falaremos mais sobre cada uma dessas lesões:
Lesão do Nervo Ulnar e Medial
     Também conhecido como Síndrome do Canal Cubital, é o problema mais frequente quando comparado a outras lesões nervosas. É uma lesão causada pela compressão do nervo na maioria das vezes na região do Canal de Guyon. Os sintomas consistem inicialmente na dormência e formigamento dos dedos anelar e mínimo e se deixado sem tratar pode causar a longo prazo a diminuição de força nessa região.
   
    As principais causa desse problema são uma bike com ajustes errados tais como selim inclinado para baixo e o alcance muito grande, o que aumenta o peso nas mãos. A prevenção é feita através de um bike fit preciso, não deixando causar hiperextensão, uso de luvas acolchoadas e fitas para guidão.
     Já o Nervo mediano, menos comum, é geralmente lesionado em longos percursos. Os sintomas são de formigamento e dormência nos dedos polegar, indicador e médio.

Lesão do nervo Pudendo
     Esse nervo deriva do Plexo Sacral. É um nervo misto que inerva o períneo e o genital. O trajeto percorrido pelo nervo nos mostra vários pontos vulneráveis a lesões porem a região de maior vulnerabilidade é quando o mesmo emerge por debaixo da sínfese púbica. Com a inclinação do ciclista a frentee e o selim inclinado a compressão nessa região se torna ainda maior.
     Dois fatores são fundamentais para a prevenção dessa lesão: Mudança no estilo de pilatagem e no tempo de atividade bem como modificar o modelo do selim e o seu posicionamento. Ambos visam minimizar a compressão do nervo.
      As mulheres também podem sofrer com essa lesão.





Dormência nos Pés
     Tenho recebido muitos ciclistas com o relato de dormência nos pés, por isso abordarei também esse problema,mesmo sendo geralmente transitório e não causando lesões graves a longo prazo. As causa mais comuns são sapatilhas pequenas ou muito apertadas, pinçamentos lombares e desabamento do arco plantar.





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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

SÍNDROME DA BANDA ILEOTIBIAL

     Numa série de artigos, falaremos sobre algumas lesões que acometem o ciclista. A lesão de hoje, como o próprio título do post diz é a Síndrome da Trato Iliotibial.

    
     O Trato iliotibial nada mais é do que uma faixa de tecido fibroso com origem na crista ilíaca (região da bacia)assim como nos músculos Tensor da Fáscia lata, Glúteo Máximo e Médio e inserção na tíbia e fíbula.
     A Síndrome do Trato iliotibial nada mais é do que a inflamação da porção final do trato, causada pela fricção da banda iliotibial no epicôndilo femoral (região lateral do joelho)



     No ciclismo o joelho realiza movimentos de flexo-extensão a aproximadamente 80x/minuto ou 4800x/hora pedalada. Em torno de 30º de flexão de joelho o Trato Iliotibial está posicionado atrás do epicôndilo lateral do fêmur e na extensão da perna ele se posiciona na região anterior do epicôndilo lateral do fêmur, causando assim o atrito.
     As causas mais comuns para essa inflamação encontradas são:
          - Encurtamento do Trato
          - Joelho Varo
          - Pés Cavos
          - Hiperpronação do pé
          - Diferença no tamanho dos membros inferiores
          - Epicôndilo lateral do fêmur proeminente
          - Fraqueza dos músculos do quadril
          - Overuse
          - Altura do Selim inadequada (muito elevado)
          - Rotação interna da Sapatilha

     O diagnóstico da lesão é feita da seguinte forma:
          - Identificação e compressão do local da dor
          - dor na fexo-extensão do joelho ou no apoio unipodal
          - Dor ou incapacidade de realizar salto unipodálico
          - Limitação de movimentos do quadril

     O tratamento dessa lesão geralmente é realizado através de medicamentos, repouso e técnicas de fisioterapia como equipamentos para melhorar a dor e inflamação, alongamentos e fortalecimento.
     Como experiência própria utilizo também técnicas osteopáticas para um melhor alinhamento das articulações do pé, joelho e quadril.
       Devemos ficar atentos também ao seguinte fator. De nada adianta tratarmos essa lesão no ciclista se o mesmo não estiver bem posicionado em sua bike. Quando o Bike Fit não é realizado, não estaremos tratando a causa do problema, facilitando assim a volta do problema após um tempo do final do tratamento.
      No O2 Bike Fit temos os recursos necessários para deixar a sua bike ajustada a você. Não deixe de fazer o seu bike fit, o seu corpo agradece!!!



      Espero ter ajudado quem estava com dúvidas a respeito das lesões acima. Fiquem a vontade para perguntar mais ou para indicar um novo tema pelo e-mail o2studiosaude@gmail.com Deixe também o seu comentário. Ele nos ajuda a deixar o blog mais interessante a vocês.
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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Equipamentos para o BIKE FIT

     Todo ciclista que conheço morre de ciumes de suas bicicletas. Muitos dizem até que suas bikes são suas amantes. Por isso aqui no O2 BIKE FIT contamos com as melhores marcas de equipamentos e ferramentas para a realização do seu Bike Fit.

Pedro's Tool - Uma das melhores marcar de ferramentas do mercado.

Calibrador de Taquinho Ergon - Uma ferramenta indispensável para quem quer pedalar utilizando toda a potência que suas pernas podem oferecer.

Mesa Universal Salsa O´Matic - A mesa universal da Salsa facilita a regulagem final no seu Bike Fit. Como o próprio nome diz, ela reproduz qualquer tamanho e inclinação de mesa do mercado.

Cleat Wedges BikeFit.com - Cunhas especiais para ciclistas que possuem desníveis nos membros inferiores e/ou pés pronados ou supinados. Utilizado para alinhar o joelho ao quadril e ao pé durante a pedalada.

Cycleops Supermagneto Pro Trainer - Umas das melhores marcas de rolo para treinamento. Ele dá mais segurança e conforto durante o Bike Fit.

Software ProTrainer SportsMotion - Um dos softwares mais conceituados dos últimos tempos, com ótima precisão na captura de imagem e recursos técnicos para um Bike Fit mais preciso.
 
    
     Junto a esses equipamentos de última geração,todos importados, contamos também com câmeras filmadoras, reguas antropométricas, nível 48", marcadores anatômicos, etc.

       Não se deixe enganar com fórmulas mirabolantes, altura de cavalo, tamanho de antebraço e medições corporais que não levam a nada. O verdadeiro Bike Fit precisa ser realizado com o ciclista em movimento e não parado.

AGENDE JÁ O SEU BIKE FIT NO "O2 BIKE FIT". NOSSO TELEFONE É (19)38086495.

ESTAMOS TE ESPERANDO. VOCÊ VAI SE SURPREENDER COM A MELHORA DAS DORES E COM SEU DESEMPENHO NAS PEDALADAS!!!! 


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

CURSOS E FORMAÇÃO - Um Bike Fit diferenciado!

     Aqui no O2 BIKE FIT nos preocupamos muito com você e com a sua bike. Por isso, equipamentos de ótima qualidade e muita dedicação nos estudos sobre o Bike fit é o que nos move. Abaixo, você vai conhecer um pouco mais de minha formação e também dos equipamentos que o Studio possui para o um melhor Fit.
     Sou especialista no Aparelho Locomotor no Esporte pela Unifesp/EPM assim como certificado em algumas técnicas específicas para a prevenção e tratamento de lesões muito utilizadas com atletas como a Terapia Manual Osteopática, Treinamento Funcional e o Pilates com Bola.
     O diferencial do Bike Fit realizado em nosso Studio é que utilizo dessas técnicas sempre que necessário para a melhor solução do problema apresentado pelo ciclista. Como exemplo posso citar um ciclista que esteve aqui semana passada. Ele relatava fortes dores lombares quando pedalava. Fazendo a avaliação do seu posicionamento em cima da bike percebi que a inclinação do seu tronco não era condizente com seu porte físico (pouca flexibilidade e instabilidade na região do Core) fazendo com que sua lombar se sobrecarregasse. Para esse cliente, fora o Bike Fit bem realizado, também utilizei técnicas osteopáticas para o reequilíbrio da região do quadril e do pé onde encontrei alguns bloqueios articulares, diminuindo o grau de mobilidade do mesmo e por fim, também o instruí com alguns exercícios para o fortalecimento do Core com exercícios de Treinamento Funcional e Pilates.

 

      

            De nada valeria toda essa formação se na hora do Bike Fit eu utilizasse fórmulas mirabolantes ou medidas corporais que não valem nada para o Fit. Assim procurei um curso que suprisse toda essa desinformação que muitos sites na internet passam aos ciclistas com fórmulas que só confundem e desconfiguram mais ainda a sua bike. Por fim, realizei o curso de Bike Fit Standard, na Escola Brasileira de Bike Fit.

           Aqui no O2 BIKE FIT o seu fit não é baseado no achismo ou em fórmulas que nos levam a lugar nenhum. Aqui o seu fit é baseado em pesquisas científicas e em muito estudo e dedicação.


     FAÇA UM BEM A VOCÊ. AGENDE O SEU BIKE FIT AGORA MESMO!!!

Contatos: (19)3808.6495 ou (19)9714.9572
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